O Islã e a Jihad

domingo, 7 de setembro de 2014


Há muitas controvérsias e interpretações a respeito da Jihad. Segundo algumas organizações muçulmanas, a palavra árabe "jihad" significa "esforço" ou "empenho" e se aplica a todo esforço ou empenho despendido na execução de qualquer ação.
Para os autores desse tipo de interpretação, a tradução de "jihad" como "guerra santa" é fruto da mídia ocidental. Eles afirmam que de acordo com os ensinamentos islâmicos, não se deve estimular ou começar uma guerra - embora "algumas sejam inevitáveis ou se justifiquem". "Desafiamos qualquer pesquisador a encontrar no Alcorão, ou nas coleções de Hadith, ou em qualquer outra literatura islâmica, o termo jihad com o significado de guerra santa", escreve uma organização islâmica em seu site.
No Alcorão, o termo "Jihad" ganha alguns significados especiais, mesmo para os opositores ao uso do termo "Guerra Santa". Em qualquer um dos casos - traduzido como "guerra" ou como "empenho" -, "jihad" pode ser colocado como "esforço" para preservar o homem, a liberdade ou qualquer outro preceito considerado importante e benéfico no Islã. 
Mais do que uma luta em favor da expansão religiosa, o Islamismo é uma causa política, sempre ligada à conquista e domínio dos territórios. No Alcorão, a missão do profeta Maomé é vista como uma forma de "libertação" do homem da tirania e da exploração dos sistemas opressores. "E o que vos impede de combater pela causa de Deus e dos indefesos, homens, mulheres e crianças? Que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade (Makkah), cujos habitantes são opressores. Designa-nos, de Tua parte, um protetor e um corredor." (Alcorão Sagrado 4ª Surata An Nissá, versículo 75).
Para os seguidores da fé islâmica, seguir os passos de Maomé é continuar na luta por socorrer os povos "oprimidos". "Após repetidos pedidos de ajuda pêlos oprimidos da Espanha, os muçulmanos libertaram aquele país dos governantes tiranos. Após a conquista da Síria e do Iraque, os cristãos de Hims disseram aos muçulmanos: Gostamos de seu governo e de seu sistema de justiça muito mais do que o estado de opressão e tirania sob o qual vivemos até agora", anuncia um artigo de defesa à expansão muçulmana.
Vários outros pontos do Alcorão também incitam a Jihad - seja como "Guerra Santa" ou "empenho" para defesa da fé:
- "Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão esperar de Deus a misericórdia, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Alcorão Sagrado 2ª Surata Al Bacara, versículo 218)
- "Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem que Deus Se assegure daqueles, dentre vós, que combatem e que são perseverantes?" (Alcorão Sagrado 3ª Surata Al Imram, versículo 142)
- "Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro) anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes." (Alcorão Sagrado 2ª Surata Al Bacara, versículo 155)
- "Somente são fiéis aqueles que crêem em Deus e em Seu Mensageiro e não duvidam, mas sacrificam os seus bens e as suas pessoas pela causa de Deus. Estes são os verazes." (Alcorão Sagrado 49ª Surata Al Hujjurat, versículo 15)
- "Combatei pela causa de Deus, aqueles que vos combatem… E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus." (Alcorão Sagrado 2ª Surata Al Bacara, versículo 190 e 193)
- "E se suspeitas da traição de um povo, rompe o teu pacto do mesmo modo, porque Deus não estima os traidores." (Alcorão Sagrado8ª Surata Al Anfal, versículo 58.

 Tema: O Islá é a Jihad.
Uma das sínteses dos subtítulos do livro, das página: 161.
Data de entrega: 04/08/14
  

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